O Banco Mundial acaba de divulgar um estudo onde estima que a previsível escassez de água em algumas regiões do planeta se possam traduzir numa redução de cerca de 6% no Produto Interno Bruto.
Como se sabe, os efeitos combinados do crescimento populacional, do atual modelo consumista de desenvolvimento económico e das alterações climáticas vão conduzir a problemas de stress hídrico e de escassez da água em muitos países, entre os quais Portugal.
Segundo o Banco Mundial, as situações mais grave ocorrerão no Médio Oriente, na África Central, na Ásia Oriental e no Sahel e poderão contribuir para reduções significativas no PIB, as quais poderão alcançar 6% até 2050.
O mesmo relatório refere que, face à competição no uso da água por parte dos diversos sectores de atividade (agricultura, indústria, etc.), a disponibilidade de água doce nas cidades poderá reduzir-se em 2/3 até 2050, como referência aos valores de 2015.
O autor do relatório, Richard Damania, conclui que “a gestão eficiente da água paga altos dividendos económicos".
Armando Silva Afonso é professor da Universidade de Aveiro e fundador e atual presidente da direção da ANQIP (Associação Nacional para a Qualidade nas Instalações Prediais).