Pergunta:
«Não poderemos ‘dinamitar’ muitas das rotundas, mais as suas intituladas ‘esculturas públicas’, que, durante os últimos anos, têm vindo a ser plantadas por todo país?»
Bárbara Coutinho, Directora do MUDE - Museu do Design e da Moda
Resposta:
«Acho um comentário e uma sugestão muito interessante mas tudo o que tem a ver com cultura tem sempre várias leituras. Além disso os investimentos municipais, que incluem as rotundas, estão no domínio da autonomia autárquica. Há que respeitar a vontade e os desejos dos autarcas.
Era interessante fazer um debate mais alargado sobre quais foram os objectivos das rotundas e como foram importantes para inúmeros artistas plásticos poderem ver o seu trabalho exposto publicamente, reconhecido, sendo também a sua actividade remunerada. A questão deve ser vista sob estes pontos de vista.
Se olharmos para o nosso país verificamos que há inúmeros casos de sucesso. Eventualmente podem ter sido cometidos alguns excessos mas não vou tão longe. Acredito na transparência dos processos e na forma como lá chegaram. Acho que de uma forma geral deram um importante contributo para o desenvolvimento da cultura e da arte».
Miguel de Castro Neto, secretário de Estado do Ordenamentod o Território e Conservação da Natureza